Sabendo usar a iluminação a seu favor, você já terá percorrido boa parte do caminho para uma boa foto. Em artigos anteriores, falei sobre o uso da luz natural e do flash nas câmeras automáticas; hoje vou tratar de mais algumas fontes de luz com as quais nos deparamos freqüentemente.
> LUZ SOLAR
A luz natural é uma grande aliada nossa, mas saber fotografar sob luz solar direta é uma questão de paciência e experiência. Você deve levar em consideração o horário em que a foto será tirada e que efeito essa iluminação terá sobre o resultado final (como eu disse, trata-se de uma questão de experiência). Comece a observar a incidência dos raios solares ao longo do dia: veja como eles se portam sobre edifícios, árvores, pessoas, etc., em diferentes horários. Logo, você vai se acostumar a procurar pela luz e encontrar rapidamente o melhor ângulo para fotografar em cada horário.
Para conseguir boas landscapes sob a luz do sol, o melhor é sempre investir na hora mágica: aqueles momentos que antecedem o amanhecer e o anoitecer. Uma dica valiosa, sobretudo se você pretende incluir o próprio sol no enquadramento (como na imagem abaixo).
Foto: traveladventures.org
Fotografar o sol direto em qualquer outro momento que não seja a hora mágica pode não ser uma boa idéia para nós, usuários de câmeras automáticas. É provável que aconteça o mesmo que aconteceu na foto abaixo: a câmera fica perdida diante de tanta luz e a imagem sai desfocada.
Nos retratos também é preciso tomar cuidado com a luz forte: ela pode formar sombras duras, destacando ou distorcendo algumas partes do corpo (isso ocorre muito freqüentemente com a sombra do nariz de quem está sendo fotografado); para corrigir o problema, pode ser necessário usar um flash de preenchimento. Se possível, mova o sujeito para a sombra: isso ajudará a evitar distorções e caretas estranhas.
Caso a intenção seja fotografar paisagens urbanas, o melhor momento é após as 16h dos dias ensolarados. Após esse horário, a luz incide lateralmente sobre os objetos, o que ressalta sua textura. Isso acontece porque o olho humano tende a focar automaticamente nas sombras para reconhecer diferentes formatos.
> CÉU NUBLADO
Dias nublados são bons para quase todos os tipos de fotografia. Perfeitos para retratos, perfeitos para registrar detalhes arquitetônicos sem sombras que poderiam atrapalhar; também são ótimos para fotografar florestas e parques.
> LÂMPADAS FLUORESCENTES
Esse tipo de lâmpada é projetado para fornecer luz difusa discreta. Portanto, é boa para fotografar em preto e branco. Só tome cuidado quando estiver tirando fotos coloridas, pois a maioria das câmeras automáticas oferece mais de uma opção de ajuste WB para lâmpadas fluorescentes (a minha oferece três!).
Compare a cena que você vê com a que aparece na tela de LCD da câmera para chegar ao ajuste mais adequado à situação; acredite, a escolha do tom de fluorescente errado pode estragar completamente o resultado final (basta comparar a foto de cima com a de baixo para perceber a diferença gritante).
> LÂMPADAS DE TUNGSTÊNIO
Lâmpadas incandescentes emitem uma luz mais amarelada, o que transmite às imagens a sensação de calor. Esse tipo de lâmpada geralmente é responsável pela iluminação das ruas. Se você já tirou várias fotos noturnas na rua e saíram tooodas borradas, a culpa é das lâmpadas de tungstênio! Ok, deixando as gracinhas de lado agora: você precisa ter um bom apoio para conseguir uma foto definida com esse balanço de brancos; utilize um tripé, apóie a câmera em uma superfície (ou sente em um banco, dobre o joelho próximo ao peito e firme a câmera sobre ele - é o que eu faço quando não resta outra opção).
Foto: Pentax Forums
Você pode usar esse ajuste de WB para fotografar as chamas do fogo, raios, ou qualquer outra fonte que emita luz amarelada.
Se você estiver fotografando com luz natural e tiver alguma lâmpada incandescente por perto, faça um teste: ligue-a e fotografe o assunto para ver o resultado. Uma boa dica para quando você quiser deixar suas fotos com um aspecto mais aconchegante.
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